quinta-feira, 24 de abril de 2008

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Beirut em Portugal - Actualização


Bem, ao que parece Zach Condon decidiu cancelar toda a digressão europeia, incluíndo obviamente os concertos em Portugal e desaparecer de cena por uns tempos. As razões para esta decisão estão, mais ou menos, explicadas no site da banda. Esperemos que não siga o exemplo dos Portishead e que regresse rapidamente.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Os Portishead voltaram

Levei muitos anos com uma réstia de esperança que um regresso, por milagre, acontecesse. Por vezes, milagres acontecem. Depois de um adeus demasiado prematuro e de juras-mil que aquele "fim" não era um fim a brincar, uma das bandas da minha vida e da vida de muitos da minha geração, resolve reaparecer à la D.Sebastião e dar-nos um pouco de alegria. Como pode uma banda que produz algo tão melancólico dar alegria a alguém?! Os Portishead são uma banda especial... Cliquem no vídeo para ver o regresso, dez anos depois. Coliseu do Porto, 26 de Março de 2008, "Roads". O novo album está a sair a qualquer momento e chama-se simplesmente "Third". Este pessoal nunca gostou de complicar muito as coisas.

Bibliofeira: Livros Usados


Para quem gosta de livros, o site Bibliofeira é altamente recomendado. Após um registo grátis, qualquer um pode comprar ou vender livros usados a outros utilizadores registados. É quase como uma versão portuguesa do Ebay, mas exclusivamente para literatura e sem cobrar percentagens a quem está a vender. Encontram-se excelentes pechinchas, até porque a maioria dos livros que as pessoas põem à venda estão como novos porque foram lidos uma vez e depois arrumados numa prateleira. E se a maioria das pessoas é capaz de comprar automóveis em 2ªmão porque raio não hão-de comprar livros também em 2ªmão?! As palavras são eternas, não se gastam a cada passagem dos olhos.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Literatura: "Kafka à beira-mar" - Haruki Murakami

"Kafka à beira-mar" (Casa das Letras) foi o livro que tirou Haruki Murakami do anonimato em Portugal, apesar de ser uma das suas últimas obras. Como sempre, despertamos muito tarde para aquilo que não devíamos e temos o peculiar hábito de ser pioneiros nas coisas erradas. Foi com este livro que me viciei neste estranho escritor japonês. Foi o livro certo para esse efeito, creio eu. Não vou adiantar muito sobre a história até porque o enredo é tão bizarro e fantástico que falharia ingloriamente nessa missão. Posso-vos dizer que envolve gatos-falantes (estes animais são uma constante nas obras de Murakami), personagens que falam sobre Jazz (outra constante de Murakami), soldados japoneses da II Guerra-Mundial perdidos no tempo, bibliotecários andróginos, chuvas de peixe, etc... Enfim, a mesma história de sempre. Há quem precise de silêncio total para conseguir consumir certo tipo de Literatura. Eu tenho o curioso(ou estúpido) hábito de acompanhar todos as obras que leio com um disco específico. No caso de "Kafka à beira-mar" ouvi exclusivamente o "Seven Swans" de Sufjan Stevens. Já não me lembro porque escolhi este disco na altura, mas sei que foi a escolha certa. Até parece que aquele álbum foi composto apenas com o intuito de acompanhar a leitura daquele livro em particular, ou vice-versa. Têm ambos o mesmo ritmo, bonomia e cadência e transmitem a mesma tranquilidade. Cada vez que volto a ouvir aquele disco, automaticamente lembro-me de Kafka Tamura e de todas as suas dúvidas. Quanto ao sr.Sufjan, falaremos dele noutra ocasião.Este texto também está disponível no blog "Arts With Me".